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Faz a Leitura Ativa deste Texto, sublinhando e anotando na margem as ideias principais.
O Alce e os Lobos
À luz dourada do entardecer, a água do lago estava tão limpa que parecia um espelho. Não se ouviam ruídos na floresta: uma intensa paz descia sobre as árvores e os animais, preparando-os para o descanso da noite.
Pousou nas margens de musgo um bando de flamingos cor de rosa: inclinaram os longos bicos curvos e deliciaram-se na frescura da água; depois, levantando voo, retomaram o seu rumo.
Em seguida, três veados se debruçaram junto a um maciço de trevos: saciaram lentamente a sede, vigiando sempre as estreitas passagens entre as árvores com seus grandes olhos de veludo.
Logo depois uma ursa de pelo castanho e passo pesado se abeirou do lago; seguia-a o seu filhote que espinoteava entre as ervas altas e escorregou no limo traiçoeiro da margem.
Todos estes animais bebiam em silêncio e com profunda satisfação, na quietude da floresta. Menos o Alce. O enorme alce de chifres rendados e pernas fininhas estava fascinado com a sua própria imagem: mirava-se e remirava-se no espelho das águas exclamando para si mesmo:
- Mas que belíssima cabeça eu tenho! Nenhum outro animal tem a cabeça assim coroada! Mas nunca tinha reparado nas minhas pernas! Como são feias! São tortas e magras demais! Elas estragam esta minha beleza!
Enquanto assim se demorava, o Alce não se apercebeu do ameaçador silêncio que já o rodeava: com efeito, já todos os outros animais tinham fugido; atentos aos sinais de perigo, tinham farejado na brisa a aproximação de um grupo de lobos!
Desatou a correr o pobre animal, mas em pânico e desespero, com a temível alcateia a seguir o seu rastro, e a preparar-lhe um cerco na clareira do bosque. Os chifres do Alce embaraçavam-se nos ramos baixos das árvores e o Alce, aflito, era obrigado a recuar e a debater-se para se libertar, enquanto ouvia os rosnidos, grunhidos e uivos da alcateia a aproximar-se.
Finalmente conseguiu despistar os seus perseguidores, graças às suas pernas finas e ligeiras. Exausto, quando percebeu que estava a salvo, exclamou aliviado:
- Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer!
http://www.contandohistoria.com/o_alce_e_os_lobos.htm (Adaptado)
Comments (3)
5C Carolina V said
at 2:00 pm on Nov 18, 2012
Adoro este texto
5B Maria Luis S said
at 7:33 pm on Dec 2, 2012
gosto muito deste texto
5C Ana Clara R said
at 7:42 pm on Dec 3, 2012
Eu também
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